Conservação de calçados de segurança
Os calçados de segurança são itens essenciais no que se refere à segurança no trabalho.
Eles se configuram como equipamento de segurança individual (EPI), portanto visam à prevenção de risco ao trabalhador. Seu uso vai desde a construção civil até o setor alimentício, previsto pela Norma Regulamentadora 6 – NR6, que trata dos equipamentos de proteção individual de uso obrigatório a todos os trabalhadores em regime CLT que estejam expostos aos riscos ocupacionais. A conservação de calçados de segurança é importante para manter a funcionalidade do material.
De acordo com esta norma, a empresa deve fornecer o equipamento e o devido treinamento para sua utilização. Cabe ao funcionário, fazer bom uso deste, prezando pela sua conservação. O funcionário deve ter consciência da importância da utilização dos calçados de segurança, pois o uso correto destes é fundamental para evitar os mais variados tipos de acidente de trabalho. A conservação de calçados de segurança é uma forma de aumentar a vida útil do objeto de proteção.
Alguns acidentes que podem acontecer pela falta de conservação de calçados de segurança são:
• Queda de materiais em cima do pé
• Acidentes em pisos molhados
• Descargas elétricas
• Queimaduras por produtos químicos
• Acidentes causados por pregos, arames, cacos de vidros e outros
• Trombadas.
Uso dos calçados de segurança
Primeiramente, o funcionário deve ter em mente que o calçado só deve ser utilizado na finalidade para que se destina, ou seja, no ambiente de trabalho. Estando até previsto em lei, punição para o uso indevido e fora do ambiente de trabalho. Em segundo lugar, existe uma gama de opções de calçados de segurança, então cabe a você, juntamente com a sua empresa, decidir qual modelo é o mais adequado.
É importante que cada calçado seja apropriado para realidade do ambiente de trabalho. Logo, é normal que funcionários de setores diferentes usem modelos diferentes de calçado, por exemplo, de cano baixo ou alto.
Dicas de conservação dos calçados de segurança
1) Higienização
Se o calçado for de couro, não deve ser lavado diretamente em água corrente. Pois pode ressecar, além de causar mau cheiro e proliferação de microrganismos. O ideal é limpar apenas com um pano úmido no mínimo uma vez por semana. Assim, conservando a maciez e resistência da peça. Se o material do calçado for microfibra, a lavagem poderá ser feita com água e detergente neutro. As palmilhas também devem ser mantidas limpas.
2) Secagem
Deve-se deixar secar na sombra. Uma boa dica, pra quem quiser retirar o excesso de água, de forma mais rápida, é estofar o calçado com pedaços de jornal. Nunca coloque para secar perto de lugares quentes, como caldeiras ou atrás da geladeira, pois o calor pode danificar a estrutura do calçado.
3)Uso de graxas, pomadas e ceras para calça
É bem-vindo na manutenção cotidiana dos calçados. Porém, tome cuidado para que a aplicação de produtos, de forma excessiva, não mude a tonalidade do calçado. E antes de aplicar o produto, certifique-se de que os calçados estão limpos.
4) Armazenamento
O calçado deve ser guardado em um local arejado, longe do calor e da umidade.
5) Uso de meias
A maioria dos calçados que são impermeáveis possui forro interno, que auxilia na absorção do suor. No entanto, o uso de meias de algodão são recomendadas, pois reduzem o mau cheiro e acúmulo de suor. Evite meias sintéticas.
6) Uso não contínuo
É aconselhável ter pelo menos dois pares para intercalar o uso, assim evitando o surgimento de bactérias, fungos e mau cheiro. Uma outra opção é uso de palmilhas alternadas. Esse tempo de descanso deve ser suficiente para que o suor acumulado no calçado evapore. Tal ação contribui para a saúde do trabalhador e para o tempo de vida útil do calçado.
7) Uso pessoal
O calçado de forma alguma deve ser compartilhado. Assim, é dever da empresa garantir que todos tenham o equipamento de segurança.
8) Prazo para troca
Mesmo tendo todos estes cuidados vai chegar um momento em que você vai precisar trocar seu calçado por um novo. Esse prazo vai depender do desgaste causado pelo ambiente de trabalho, mas de forma geral o tempo varia de 6 meses (bota de PVC) a 12 meses (botina de segurança).
Para que o calçado realmente garanta a segurança do funcionário é imprescindível que ele esteja em bom estado. Portanto, cada trabalhador deve assumir que é responsável pela sua própria segurança. Mas ao mesmo tempo, a empresa deve estar atenta para identificar indícios de mau uso do calçado de segurança e assim tomar providências.